Friday, October 26, 2007

Boa noite meus caros amigos.
Estive algum tempo ausente mas conto, agora com mais tempo, voltar a ser mais assiduo na minha escrita. Já não vinha ao nosso ponto de encontro, o blog, há algum tempo e fiquei extremamente satisfeito por ver mais dois comentário ao meu ultimo "post". Não querendo entrar "em diálogo" com quem quer que seja, ainda para mais por "posts", não queria perder a oportunidade para comentar esses mesmos comentários, desculpem a redundância. Um dos comentadores diz que o "post" era frouxinho, aceito e até posso concordar, já tive "posts" mais felizes ou então poderei ter ofendido o anonimo em algum ponto. O segundo, mais extenso, mais elaborado, também anonimo, tece alguns considerandos que não posso deixar de contestar. Não critico, nem censuro o anonimo ou anonima, parece-me texto de uma cabeça feminina, alias até fico muito contente que tenha aparecido alguém que não tenha gostado do que escrevi, parece-me que não gostou tanto da forma do que do conteudo. Pois a anonima(o), fala em dirigentes associativos e em estatutos e eu digo-lhe o seguinte: Sendo alguma percentagem dos nossos dirigentes associativos os politicos de amanha, congratulo-me por ter escrito o que escrevi nos modos em que escrevi, porque de certo o cidadão menos letrado e o Senhor Professor Doutor entenderam da mesma forma a mensagem que queria passar, enquanto que se escrevesse o que queria transmitir em termos mais próprios, poderia cair no lugar comum de alguns dirigentes associativos e politicos da nossa praça, ou seja, escrevia, escrevia, usava termos muito bonitos, que toda a gente ficava de boca aberta e a dizer "mas que pensador" e no fim a coisa expremida não dava nada. Quanto ao estatuto adequirido, em primeiro lugar tenho a dizer que ainda me falta "gastar muita sola de sapato" para ter algum estatuto palpavel, mas se a anonima(o) já me considera com tal fico contente e deixem-me dizer que o que faz falta na nossa sociedade são pessoas com estatuto deixarem a comodidade do sofá ou tranquilidade do corporativismo a que pertencem e com linguagem acessivel, agitem as hostes e partam para a luta, certamente que assim era mais facil andarmos para a frente, rumo ao desenvolvimento.
Desculpem o desabafo, agradeço as criticas, principalmente as negativas, porque essa é que nos fazem pensar se estamos no caminho certo, aceito-as, respeito-as, mas neste caso acho que o trilho que segui é correcto.
Façam o favor de serem felizes, até ao proximo "post" que é para breve.

Friday, August 17, 2007

REVOLTANTE
Boas tardes. Não era para escrever durante este tempo de ferias, mas vi agora uma noticia no telejornal que me deixou revoltado. A noticia era o facto de um grupo de ecologistas ter invadido e destruido um campo de milho transgenico, campo este devidamente reconhecido, e que embora use para produção do milho um pesticida forte, está legalizado e está dentro das regras da União Europeia. Notem, não quero discutir se é eticamente correcto produzir milhor apartir de um pesticida, não discuto porque segundo a União Europeia o campo é legal. O que me revoltou foi ver o proprietário desesperado, a chorar, ao ver a sua fonte de rendimento a ser destruida por um bando de arruaceiros. Mais, quando um dos defensores do senhor estava a ser entrevistado veio um artista atirar uma maçaroca á cara desse entrevistado. Estes "justiceiros" são os tais "meninos de bem", vulgo "betinhos", que fumam charros atrás de charros, que são muito fortes quando andam em manada e que quando andam sem as costas quentes se alguem lhes bate os pés, arrancam pela rua abaixo com o rabo entre as pernas. Pena foi o proprietário e defensores serem racionais, pois o que aqueles meninos mereciam por terem invadido uma propriedade privada e terem destruido o seu conteudo era serem corridos a tiro, mas não era a matar, era uns tiritos ás pernas, só para magoar. Tristes dos meninos ecologistas. Eles charrados, "betinhos" e alguns até gays. Elas, por serem tao ecologistas, se lhe perguntarem o que é o PONTO G, respondem que é um ECOPONTO. Em comum, eles e elas, têm o facto de não serem nada vida ou porque são aquilo que mostram, Burros, sem ofensa aos ditos bichos, ou porque tiraram cursos sem jeito nem valor e depois como não conseguem nada meritorio para trabalhar passam o tempo a estragar o trabalho dos outros.
Perdoa-lhes Senhor que eles não sabem o que fazem.
Beijos e abraços. Continiuação de boas ferias e façam o favor de serem DUROS COMO O QUEIJO FRESCO...

Saturday, July 21, 2007

UMA AVENTURA NOS STATES

Boa tarde meus carissimos amigos. Ja passou muito tempo desde a minha ultima postagem e por isso queria pedir as minhas mais sinceras desculpas, mas o tempo não foi muito. Desde o ultimo post que muita coisa se passou, no mundo, em Portugal, na minha vida. Hoje falo de uma coisa maravilhosa que me aconteceu. A minha ida aos Estados Unidos por causa do Basquetebol. Não me quero alargar muito em texto porque tudo o que possa vir a escrever vai ser insuficiente para vos ilucidar do que vivi e do quanto fiquei maravilhado com esta experiencia. Vou apenas deixar-vos em fotos aqueles 15 dias maravilhosos. Gostava apenas de vos dizer que fui como um curioso em busca de conhecimento, com o objectivo de nao fazer ma figura e voltei mais rico em conhecimento, em experiencia, em amizades e com um convite para voltar para o ano já a pertencer ao staff dos Philadelphia 76ers. Será que a Rita e a Patricia têm mesmo razão? Uma diz que a minha vida é o basket e que sou bom no que faço, a outra diz que acredita mais em mim do que eu. Será??
Os 14 magnificos que partiram á conquista do 76ers basketball camp

Eu e o Samuel D´Alembert, jogador dos Philadelphia 76ers

Coach Sonny, eu e o Coach Todd. São do staff técnico do 76ers e querem-me de volta para o ano para trabalhar com eles.



Um dos dois recintos cobertos do campo, la dentro dois campos de basket. Ao todo eram 4 campos cobertos e 6 ao ar livre.

O Dream Team, começamos por ser apontados com a equipa mais fraca de todas e acabamos no 2º lugar


Eu no jogo da final na situação que mais gosto na vida, estar junto á linha lateral a comandar a minha equipa.


Nota final: Queria so deixar o exemplo dos americanos. Este campo custa de inscrição por miudo cerca de 1300 dolares por semana, não há TV, não há rede de telemovel e os luxos são poucos. O sitio onde se dorme podem ver nas fotos mais abaixo (camaratas de 18, em madeira, com 3 sanitas e 3 chuveiros) e onde se come é um puro e duro refeitorio. Os campos onde se treina e joga não são Mega pavilhoes, sao recintos com piso de alcatrão e so 4 é que são cobertos. No entanto os pais dos miudos americanos pagam e não protestam, os miudos vão e não protestam, ficam no campo com um sorriso nos lábios. Sabem que não vão ter luxos mas também sabem que vão aprender muitas coisas sobre o jogo que amam. Se fosse em Portugal acham que os paizinhos dos meninos pagavam 1000 euros por semana para os filhos ficarem num sitio como este?? Claro que não.






Deus me dê saude e aos meus pais para poder aproveitar o convite que me foi feito e poder mostrar mais uma vez as minhas capacidades. Era engraçado um "artista" de Abrantes, treinador do Sporting Clube de Abrantes, poder vir a ser o primeiro portugues, pelo menos que se conheça, a trabalhar para uma equipa da NBA.

Obrigado a todos os que me apoiaram nesta aventura, não vou deixar aqui os nomes de ninguem para não ser injusto e para não correr o risco de me esquecer de alguem de nao mereça. Quem me apoiou sabe que o fez e tem o meu agradecimento.

Tuesday, April 10, 2007

Bom dia, meus caros amigos, tal como prometido venho hoje falar-vos da minha experiencia de seleccionador distrital.Peço desculpa, mas este post vai ser grandinho, é que por muito que escreva, nada vai traduzir fielmente o que senti, o que sinto e o que vou guardar desta experiencia, qualquer coisa que diga ou escreva parece pouco. Lembro-me que num dos posts anteriores, em que fiz referencia a esta "aventura", de fazer alusão aos receios que tinha. Depois de ter passado no teste de avaliação por parte do director técnico distrital, vinha o receio da reacção dos miudos e das escolhas que tinha que fazer, relativamente ao plantel final, dos 16 que trabalharam mais assiduamente comigo só iriam ficar 12. Quanto á reacção dos miudos, inicialmente, tive um "feed-back" positivo, pareceram-me empenhados e motivados para o trabalho, atentos e a tentar aplicar o que se pedia, depois já mais perto da competição fiquei um pouco desgostoso, os treinos não me pareciam estar a render o que eu achava que devia, nos jogos de treino as exibições nao eram o que eu entendia que deviam ser, etc, etc, o medo de falhar instalou-se em mim. Ainda para mais tendo de fazer rapidamente escolhas sobre o lote final de 12, andei vários dias e semanas a matutar no assunto sem nunca chegar a uma conclusão que me parecesse válida. Quando tive mesmo que decidir, recorri áquilo no basket acho que tenho de melhor, o meu instinto, acreditei no meu instinto, peguei numa folha e numa caneta e fiz as 12 escolhas. Visto agora, voltei a nao me enganar, bem dito instinto herdado do "velho bigodes", um grande mestre, na vida e nestas coisas do desporto, sempre na sombra, mas sempre atento. Partimos para as duas ultimas semanas de preparação e o trabalho produzido nao era o que queria, queria trabalhar todas as horas disponiveis e ora porque a associação nao tinha carrinhas ou porque os miudos tinham testes e jogos nas suas equipas, não o podemos fazer. O medo passou a panico, nao podia falhar. Eu que sempre tinha reclamado uma oportunidade na selecção, que sempre tinha contestado as escolhas dos anteriores seleccionadores, que achava e acho que se nomeiam seleccionadores não pela competencia mas apenas pelo nivel do curso que têm, estava a ver que ia falhar, que ia ter que engolir tudo o que tinha dito anteriormente. Pelo menos tinha uma atenuante se as coisas corressem mal, tinha feito 18 treinos, mais de metade que as outras 3 seleccções de santarem juntas (cadetes femininas, iniciados e iniciadas), mas muito treino nao é sinonimo de bom trabalho. Ainda por cima á ultima da hora os calendários e o figurino do torneio foram mudados, de um grupo teoricamente acessivel e que nos permitia sonhar com os 4 primeiros lugares,objectivo que tinha proposto a mim mesmo alcançar e tinha desafiado os miudos a tentar alcançar, ficámos numa posição de, primeiramente, ter de lutar de para não descer de divisão e só depois ir em busca do sonho. Com receio, medo ou panico, lá fomos para Portimão, a viagem de ida fui a maior seca que apanhei nos ultimos tempos, 7 horas e meia de viagem, metidos num comboio, mas logo ai tive a certeza de uma coisa, meia batalha estava ganha, o espirito do grupo era fantastico, 7 miudos de Abrantes, 3 de Santarem, 1 do Tramagal e outro de Ponte de Sõr, podia ser uma mistura não muito agradavel, mas não, foi espectacular, era uma equipa, uma verdadeira equipa, parecia que ja se conheciam ha muito tempo, cumplicidade nas brincadeiras, o "gozo do costume" mas sem malicia e a ser interpretado assim mesmo pelos alvos, como se diz agora altamente. Só para terem uma ideia saimos todos de lá com alcunhas e ninguem levou a mal, até se comecaram a chamar por elas, mais á frente já vos digo quais foram.


Chegámos cansados, mas chegámos, desfilaram as delegações, ouvimos os discursos da praxe, enfim, a treta do costume nestas ocasioes. O que queriamos era jogar. Chegámos ao hotel. Outra guerra, uma confusão medonha, quartos de quatro pessoas, mas apenas com duas camas, os outros durmiam num sofa cama. Credo. Por respeito aos senhores mais velhos que ficaram no meu quarto eu e o Alex ficámos com o sofá cama. Depois de nos instalarmos, reunimos no quarto do capitão Fraga e ai tentei fazer com que os miudos voltassem a por os pés na Terra. Tinhamos ido ali para competir e nao para passear e tentei faze-los ver que era a ultima oportunidade deles de mostrarem que tinham valor para o basket, que estavam na "montra" da modalidade, com olheiros de todo o lado o observa-los. Alertei para o facto de nao entrarem ansiosos, concentrados, mas não ansiosos e que no dia seguinte, bastava uma vitoria num dos dois jogos para que continuassemos a sonhar. Assim foi, no primeiro jogo, levamos uma coça de Aveiro, se bem que os miudos se deixaram afectar pelos nervos, primeiro jogo, contra Aveira, há dois anos já tinham jogado contra eles e tinham perdido por 60 pontos, bem por muito que lhes dissesse não alterava nada, entraram com medo, mesmo assim perdemos "só" por 20. Ficámos tristes, mas á tarde é que era o nosso jogo, contra Braga não podiamos falhar. Era matar ou morrer. Matámos. Foi um jogão, todos os que participaram tiveram bem, uns melhor que outros, como é normal, tive que recorrer em determinada altura a uma situação que não queria, estavamos a perder e se nao o fizesse perdiamos, tive que por so jogadores de Abrantes a jogar. Era outro teste ao grupo e a mim, ver como os outros iriam reagir. Reagiram bem, muito bem mesmo, disseram-me no fim que queriam era ganhar, idependentemente de quem jogasse. Tinha ganho o grupo, senti. Agradeço ao Joao Gaspar e ao Vasco, sem bem que este ultimo nao tivesse ficado totalmente convencido, o facto de terem sido humildes nesta altura, senao o fossem criava-se ali uma situação de dificil gestão. Foram Homenzinhos. Como disse, ganhamos, passamos á fase seguinte e ja nao desciamos de divisão. Tive aqui uma das maiores alegrias destes dias, ando nisto por gosto, por mim, mas acima de tudo pelos miudos e deu-me uma alegria imensa no fim do jogo com Braga, ouvi-los dizer, "Finalmente ganhei um jogo na seleccao". Tinham ganho um jogo, um simple jogo, mas estavam muito felizes, mais feliz fiquei eu, porque o ganharam comigo, eu fiz que aqueles 12 miudos ficassem felizes e andassem o resto do dia com um sorriso nos lábios, é algo que nao se pode descrever.


Iamos para o segundo dia de competição, calhou-nos Porto e Viana do Castelo. Quando reunimos a preparar estes jogos, disse-lhes que o objectivo era o mesmo do dia anterior, gerir o jogo contra o Porto, tentar fazer o melhor e no segundo jogo ir com tudo. Se ganhassemos a Viana iamos á final do torneio, o objectivo do 4º lugar ficaria alcançado. Disse-lhes, "ganhem a Viana e têm os dois restantes dias cá em baixo por vossa conta". O primeiro jogo foi de manha e contra Viana, a nossa final. Senti confiança neles, um treinador sente isso no aquecimento e no olhar deles, estavam com aquele olhar de quem mostra, "Venha quem vier". Entrámos mal, começamos a perder por 14 e vi as coisas mal paradas. Paulatinamente fomos equilibrando as coisas, demos a volta, passámos a ganhar por 12, mas terminámos o 3º periodo em vantagem por oito pontos. Até aqui nada de anormal. No 4º e ultimo periodo, um parvalhao com oculos e um apito na boca, atirou-nos para fora da competição. Foram sete minutos de autentico roubo, parecia uma encomenda, vergonhoso, tirou o sonho aos meus miudos, mas sei que ele é de Coimbra e se Deus for justo há-de por esse artista no meu caminho. Perdemos um jogo que nunca na vida perderiamos, nunca Viana tem equipa para nós, mas o que conta é que fomos derrotados. Tal foi a vergonha que no fim do jogo o treinador de Viana veio ter comigo, nos cumprimentos da praxe e disse-me, "Epá, desculpa, mas não temos nada a ver com isso", até o seleccionador nacional, Valentyn Melnichuck, que podia estar quieto, porque nao era nada com ele, veio dizer-me, com o seu sotaque Luso-Ucraniano, "Parabens, não mereciam perder, foram prejudicados declaradamente". O que é certo é que aquela árbitro nao apitou mais jogo nenhum. No fim deste triste episodio, o meu coração quase parou, tive que consolar 12 miudos desfeitos em lágrimas, dei-lhes os parabens, foram briosos, lutadores e corajosos. Tive que me aguentar para nao chorar ali tambem e nao ir partir a tromba áquele f.d.p, não aguentava ter o capitão de equipa, normalmente frio nestas coisas a chorar agarrado a mim e ter o Vasco no outro ombro a chorar que nem um bébé. Até o meu "artista" se veio abraçar a mim. É triste, muito triste. Aproveito para deixar uma mensagem aos "donos" do basket nacional, vejam o que fazem, que arbitros levam para estas coisas, se os homens do apito fazem coisas destas nestes escalões, como é que nao querem que os miudos logo aos 14,15 anos não fiquem revoltados contra os arbitros? Depois quando forem mais velhos é o que se vê em determinados jogos. Quanto ao jogo do Porto, por muito que lhes pedisse, nada havia a fazer, não havia força, não havia disposição, nada. Senti que só jogámos porque fomos obrigados, a vontade deles era depois do jogo da manha vir embora para o hotel, dormir e esperar que o dia acaba-se. Fomos cilindrados.

Ficámos fora do sonho, mas restava lutar pela nosso dignidade, mostrar que tinhamos valor para estar entre os melhores e que o que nos tinham feito era "uma filha da putice". Restava lutar pelo 5º lugar contra Coimbra. Na noite antes, quase meia equipa portou-se mal, nao cumpriu regras estipuladas e o ambiente nao ficou muito bom. No balneario nao dei qualquer instrução, so lhes disse "tou muito triste convosco, abusaram da minha confiança, perdi a vontade de vos dar instruções, ja sabem o que têm a fazer, sobre este jogo falámos ontem, vão la para dentro e mostrem que se querem redimir da borrada que fizeram". Bem dito, bem feito. Até os comiam se fosse preciso. Todos, mas todos, jogaram como nunca se tinha visto, foi espectacular. Ganhamos a Coimbra, limpámos Coimbra, os presunçosos de Coimbra, tinham ganho um amigavel e entraram "cagões", levaram para contar, mas mesmo assim teve que haver "marosca". Só havendo um lance-livre a favor de Coimbra, passamos de uma vantagem de 8 para uma vantagem de 3 pontos. Assim, sem mais nem menos. Parou tudo, como é logico, entrei pelo campo adentro e parou literalmente tudo. Mais uma vez até o seleccionador nacional veio em nosso socorro e disse a frase que para nós, comitiva dos cadetes de Santarem, vai ficar para a historia, "O rêsultádo é sêténta e nóve, sêténta e quátrô", não é erro os assentos, é só a minha tentativa de escrever com a pronuncia dele. Bem, ganhámos, ganhámos bem, ficámos todos felizes e embora com o amargo do que se tinha passado na vespera, pelo menos ficámos de consciencia tranquila, por nós, o trabalho estava feito e bem feito. Sobre o que se tinha passado na vespera, nao se falou mais, era para haver castigos, mas como disse o Alex, "és um coração mole", nao consegui castigar ninguem, até porque num acto de humildade, os prevericadores vieram pedir desculpas. Terminamos em festa, mais uma vez com um espirito de grupo, nunca dantes visto, entre todos, jogadores e treinadores e embora não tenhamos alcançado o objectivo, ficou patente que quem devia estar no 4º lugar eramos nós, que uma equipa de um distrito do interior só perde com os grandes e que têm Centros de Alto Rendimento e que segundo palavras do director técnico distrital, "superámos as expectativas". Isto é nosso e fomos nós que o conquistámos.


Por fim gostava de dizer aos 12 que participaram nesta aventura, obrigado por terem feito o que fizeram, por terem aturado de mim o que aturaram, por terem sido gigantes na busca do nosso sonho e parabens pelo desempenho, a imagem que deixaram foi uma imagem de gente grande a jogar basket e de 12 amigos. Estes cinco dias ficarão para sempre na minha memória e este grupo será sempre o meu plantel de eleição, estes 12 mais um chouriço e um FF. Aos meus jogadores nao tenho nada a dizer, tiveram iguais a si proprios, foram a imagem do que tem sido no nosso clube, sem nada a apontar, aos outros cinco que nunca tinham trabalhado comigo, dizer que me deixam saudades e que se algum dia quiserem voltar a trabalhar comigo terei muito gosto nisso. João Gaspar, Vasco, João Gonçalves, Filipe e Zé Tó, se já tinha 9 irmaos mais novos, os meus jogadores, depois desta aventura ganhei mais 5. Não tenho palavras. Alex, mais uma vez, cinco estrelas, és uma peça fundamental nisto tudo, é pena é ressonares "pa caraças". Sr.Luis Gonçalves, foi um luxo te-lo na nossa comitiva, um luxo, não tinha grande confiança consigo, mas sempre que puder recorrer a si é o que farei.
Obrigado a todos, por me terem ajudado nesta dificil missão, de me ter feito cumprir os meus objectivo e de nao ter feito má figura. Obrigado.
São estes o quinze magnificos que conseguiram para a Associação de Basquetebol de Santarem a melhor classificação no inter-selecções de 2007.


da esquerda para a direita

Em cima: Cristóvão(Feeesssta); Chaleira(Gabiru, so ouve: blá blá blá, cerveja, blá blá blá,cerveja); Eu(alenichev); Zé Tó(Afro-Hukranian, nao é erro é mesmo com H, segundo ele. Arranja tudo); Vasco(Puyol do basket, o nosso levita rêgo, um Zézé camarinha em ponto pequeno); Filipe(Alentejano, o entope sanitas); Luis(3 metros); Alex(Boguinhas, pequeno Buda); Luis Gonçalves.

Em Baixo: Joao Gonçalves(Puto); Gustavo(Bob "o construtor"); Fraga(Noddy); André(o homem da touca, vejam o penteado, o artista); João Gaspar(JóTó, o soneca, nasceu cansado este homem); Valter(o tanque, parece uma parede)

Ainda dizem que numa equipa, não se pode competir, ter bom ambiente e diversão? É porque não pertenceram a este grupo. Temos pena e vocês também. Tenho a certeza que nem no grupo de quem ganhou havia o espirito que houve. Foi lindo, magnifico. SOMOS CAMPEÕES.

P.S.1: João Gaspar, mesmo nao sendo eu teu treinador, trabalhando tu pouco tempo comigo, marcaste-me por uma frase que disseste e notei a maior franqueza quando o disseste. Estávamos em pleno jogo de Viana e tu voltaste para mim e dizes, "Beirão, faz qq coisa, ganha lá isto, temos que ganhar, ganha la isto para nós". Ainda hoje o sentimento vem ao de cima quando me lembro disto. Trabalhaste 3 meses comigo e pediste-me uma coisa como se eu fosse mágico, vi no teu olhar que para ti eu naquela altura era mágico e que tirava um truque da manga e nós ganhávamos. Infelizmente nao te pode dar essa alegria, sou mortal, sem poderes especiais e nós perdemos.

P.S.2: Gostava de deixar uma palavra a todos os jogadores que foram pré-seleccionados mas que não foram escolhidos para os 12 finais. Obrigado, este excelente resultado também é vosso. Com o vosso valor e empenho, fizeram com que os que ficaram se superassem e fossem ainda melhores.

Acho que é tudo, mas acreditem, escrevi muito é verdade, mas nem assim consegui exprimir na realidade o que sinto de ter sido o responsavel por este grupo e de ter sido visto pelos miudos como um amigo que dá para estar á vontade na brincadeira e ás vezes "gozado" sem maldade, mas que foi respeitado quando era hora de trabalhar.

Monday, April 09, 2007

Boa noite, duroes e duronas, peço desculpa por este meu tempo de ausencia, mas a inspiração para a escrita não tem sido muita. Aconteceram alguns factos que ja mereciam ser por mim referenciados, mas ainda vamos a tempo, assim poderam amadurecer mais e o que vou escrever traduz mais fielmente o que sinto.
Já que não escrevo desde finais de Janeiro, vou começar por Fevereiro. Em Fevereiro, terminou mais um campeonato da minha equipa de basquetebol, como era esperado quase por todos, vencemos e vencemos bem, na minha modesta opiniao. Vencemos bem, porque desde Agosto que nos preparámos para esse objectivo, fizemos uma boa pré-época, sempre com equipas de escalão superior. Vencemos bem, porque os miudos mais uma vez perceberam a mensagem que eu e o Alex lhe tentávamos passar. Vencemos bem, porque os miudos, mais uma vez foram de um sacrificio formidável, sempre em prol da sua evolução, para tal submeteram-se a esforço duplo, ou seja, jogaram dois campeonatos, o deles e o de Juniores. Vencemos bem, porque trabalhámos muito e trabalhámos bem. Não quero estar a denegrir os outros mas por vezes treinar muitas vezes não é sinonimo de trabalhar bem, nós treinámos o que achámos necessário para atingir o que queriamos. Enfim...Para mim e para o Chaleira foi a quinta conquista em cinco anos, o terceiro titulo consecutivo, para os restantes heróis foi a quarta conquista. Podemos dizer que nos tornámos na "geração de ouro" do basquetebol do concelho de Abrantes.

da esquerda para a direita:

Em cima, da esquerda para a direita: Alex, Luis, André, Valter, Cristóvão, Chaleira e Eu. Em baixo: Chouriço, Fraga, Gustavo, Lampa e Filipe.

Podia tecer algumas considerações individuais sobre cada um dos meus jogadores, mas não o vou fazer, gosto deles de igual maneira, faço tudo por eles, seja por quem for. So faço uma consideração individual, sobre o Alex, o "adjunto", ponho entre aspas porque para mim não o é, é tão principal como eu. So te digo isto amigo, juntaste-te aos bons, perdão, aos melhores, e os melhores ficaram mais fortes ainda. Obrigado. Quanto aos miudos, só lhes digo isto, nem todos vão poder ter futuro no basket, ainda bem, é sinal que deram para os estudos, mas acreditem que na vossa idade, com as dificuldades que temos em ter condiçoes para trabalhar, em recrutamento de mais valias, em tempo para treinar, que vocês são grandes, são enormes na modalidade que practicam. Obrigado me continuarem a ouvir e obrigado por me continuarem a fazer sentir uma peça importante para o vosso sucesso e um apoio para vós.

Quanto a mim, foi um titulo que me deu muito gozo ganhar porque por muito que se perca, seja em tempo, em pessoas, em dedicação a outras coisas da nosso vida pessoal, em tempo para os pais e para a familia, veio mostrar que consigo ser bom naquilo que faço quando o faço com muito gosto, e perdoem-me a imodestia, mais uma. Horas perdidas a ver jogos de outras equipas, horas perdidas a estudar jogadas, horas perdidas a ler sobre a materia, horas perdidas a analisar o que falta em determinado momento aos meus jogadores a ha equipa, tudo pode parecer superfulo e desnecessário aos olhos dos outros mas no final, ai no final, a recompensa vale a pena. O titulo. E há uma coisa que nunca vou esquecer e cada vez que o recordo vêm-me as lagrimas aos olhos e sinto um arrepio na espinha, sei que do Sp.Abrantes nao vou passar, nem chegar aos grandes palcos do basquetebol, mas no dia da final e depois de um jogo sofrido, ouvir um pavilhao inteiro gritar "Campeões, Campeões, nós somos campeões" é algo que fica para a vida, tentem imaginar e digam se não é de arrepiar.

Agora estamos no nacional, ja fizemos dois jogos, ganhamos um e fomos atropelados noutro, mas nesse era normal, e vamos os doze, cantando e rindo, deixando que nos vejam como uma equipazinha da parvonia, sem levantar muitas ondas, fazer o nosso campeonato e estejam atentos, pode haver uma surpresa...Estamos a trabalhar nisso.

Por ultimo querias fazer uma referencia á equipa do Santarem Basket, pelo que jogou no jogo da final, abrilhantou e tornou mais saboroso a nosso vitoria e dizer ao Vasco, João Gaspar e João Gonçalves que me iam lixando, mas ainda nao foi desta ehehehehe. Parabens tambem para voces putos.

Por hoje é tudo, amanha falarei da Selecção distrital de Cadetes, essa sim, uma experiencia nova e mais uma recordação que vou levar para a cova.

Wednesday, January 31, 2007

Boas tarde, Durões e Duronas.
É caso para dizer: FINALMENTE. E finalmente o quê? Perguntam vocês. Foi com toda a alegria que ao vir ver o nosso blog, sim porque ele é meu e vosso, constatei que alguem tinha deixado um comentário contra o que tinha escrito no meu post de ontem, fiquei contente e agradeço desde ja "ao anonimo" que o fez. Não agradeço mais calorosamente porque o pessoa não se quis identificar, um direito que lhe assiste, embora, pelo português escrito me pareça alguem com um "porrrtuguêêiiis" açucarado. Agredeço porque foi essa mesma a minha intenção quando criei este nosso espaço, eu dava o mote sobre um assunto que me apetecesse e quem quisesse dava o contributo com a sua opinião, fosse ela a favor ou contra as dos demais participantes, nunca esquecendo a nota de humor que devemos por nas nossas opiniões, uma vez que entendo que podemos através deste espaço, que é nosso, falar de coisas sérias, mas sempre com uma pitadinha de humor, um travo de ironia e uma colher de "chá" de sarcasmo.
Bem, sem mais por hoje, me despeço com amizade, esperando que apareçam mais amigos novos, mesmo que anónimos, porque é da discussão saudavel que por vezes se faz luz.
Obrigado Durões e Duronas, anónimos e anónimas, um grande abraço.
P.S.: Afinal, segundo parece pela imprensa de hoje, a razao parece estar a ser dada aos pais adoptivos. Ele há cada coisa...

Tuesday, January 30, 2007

Muito boas tardes, meus caros seguidores.
Hoje falo-lhes de um assunto que, mais uma vez, so pode ser a brincar connosco. Falo concretamente do caso que se está a passar em Torres Novas, onde um oficial da Gnr, acho eu, mas para o caso pouco importa, foi condenado a pena de prisão por rapto de uma criança. Mais uma vez digo, perdoai-lhes Senhor que eles não sabem o que fazem. Pergunto eu, "mas o senhor teve a criança trancada em casa?", Não. "mas ninguem sabia que o senhor tinha a criança em sua posse?", Toda a gente sabia. "mas a criança nao lhe foi dada para adopção?", Foi. "Não foi a mãe biologica que lhe deu a criança?", Foi. "foi ou nao o pai biologico que, quando soube que a brasileira (mae biologica) estava gravida, não quis saber do assunto, recusando-se ainda a fazer o teste de paternidade?", Foi. No meio desta trapalhada toda so vejo duas razões para isto tar a acontecer e fazerem disto um caso, quando o mais dos iletrados dos portugueses consegue ver de que lado esta a razão. Primeira hipotese. Agora que a crinça tem 6 anos (salvo erro, se for 4 ou 5 é igual) e ja passou a fase que custa mais a criar, custa tanto a nivel de educação como financeiramente, o tótó (sem ofensa ao cao da minha vizinha) do pai ja vem reclamar a filha e dizer que a ama muito, renhónhó, renhónhó, pardais ao ninho, depois de nem acreditar que era filha dele. Segunda hipotese. Ou quer vender a filha para algum fim menos bom ou precisa da filha para trabalhar. Mais, agora vem tambem a mãe biologica dizer que quer a filha para si, ainda dizem que os brasileiros nao parvos, boa jogada para ver se consegue sacar alguns cobres, leia-se euros, com a miuda. Deixem mas é estar a miuda onde esta, que esta com quem sempre a quis, com quem a criou, com quem lhe da amor e carinho. Ao pai e á mae biologica, para evitar embrulhadas destas, onde ficam muito mal na fotografia, recomendo uma caixa de Tri-gynera para ela, uma de Durex Jeans para ele e uma consulta no Julio de Matos para os dois.
Sem mais, despeço-me com amizade, até ao proximo post.